De coração
Tem coisas que acontecem na
vida sem explicação. Que só o destino pode explicar.
Uma situação marcante
vivida, uma pessoa que aparece do nada na sua vida, uma coisa inesperada.
Muitas vezes aparecem coisas
boas quando se menos espera. Mas infelizmente aparecem no momento errado. Não para
a outra pessoa, mas sim para si próprio.
Hoje fico imaginando se você
tivesse aparecido não há quase 1 ano, mas sim agora. Ou daqui a alguns meses.
Como você estaria? Estaria “no
melhor momento”? Sem indecisão e mais desenrolada?
E eu, como eu estaria? Enfim
bem, realizado e feliz? Ou perto disso?
Nesse exercício de futurologia,
passam varias coisas pela minha mente. Não posso falar por você, mas por mim
posso com certeza.
Meu jeito não mudaria, pois
esse sou eu. E pode passar o tempo que for, é quem sou. Mas minhas atitudes e
na forma de abordar, ahh isso sim seria bem melhor.
Conseguiria usar mais a razão
do que a emoção. E nisso não te sufocaria.
Se lá no inicio fui todo
cuidadoso, paciente, pois queria saber quem era você e saber se valia a pena,
aos poucos fui me perdendo em mim mesmo e na forma de agir, principalmente
contigo.
No fundo, só queria que
soubesse que não foi a minha intenção. E que se nos conhecêssemos amanhã, provavelmente
não repetiria esses atos.
Agora, não tem como
desfazer. E não sei se deixou marcas em você. Só sei que hoje te sinto
diferente de antes, e sinto que isso foi por culpa do que fiz lá atrás, e que você
tem medo que se repita. Daí, se esquiva.
E não posso te culpar. Por
isso queria que só nos conhecêssemos a partir de agora.
Se por um lado, não teria aprendido
com esses erros, estaria mais tranquilo pra tratar você como merecia. Sei que
joguei muita coisa nas suas costas.
Se você aparecesse amanha, provavelmente
puxaria assunto da mesma forma, falando das mesmas coisas, porque foi dessa
forma que você curtiu, que nos falávamos de manhã, tarde, noite e madrugadas. No
meio dos rolês, após os rolês, no meio da aula chata que te entediava, antes ou
depois do seu vôlei ou do meu futebol.
Só não faria o que acho que
fiz de errado, e só percebi bem depois de ter feito. Por mais que queira
imaginar que lá pro fim do ano ou começo do ano que vem, cada um de nós esteja
em outra fase e possamos retomar de onde paramos, o lado mais racional meu diz
que acabou já há um tempo.
Expectativa: Condição de
quem espera para que algo aconteça; estado de quem espera algum acontecimento,
baseando-se em probabilidades ou na possível efetivação.
Palavra e seus significados.
E não nego que criei. Mas não como talvez você tenha pensado. Talvez até pra
tirar essa conclusão, você também tenha pensado no assunto e criado a bendita
(está mais pra maldita) na sua mente.
Só sei que não dá pra voltar
atrás. E nessa de ficar perto ou me afastar, a dúvida me consome. E por você ser
cada hora de um jeito, me deixa mais confuso ainda.
A única coisa que tenho
certeza é que queria que você aparecesse amanhã pra mim. Que por mais que tenha
sido muito bom, que só te conhecesse a partir de agora. Ou sei lá, daqui mais
um tempo.
Hoje eu não sei se vale a
pena aceitar esse seu jeito, a cabeça dá um nó. É normal que a gente tenha se
enganado, nossa historia aconteceu no tempo errado.
Lembra quando falei se poderíamos
começar do zero e até me apresentaria de novo, como se fosse a primeira
conversa? Parando pra pensar, era o que mais queria, se isso me fizesse bem e
te fizesse também, pois tiraria de mim esse peso e de você as lembranças e os
receios.
Que eu esteja errado, mas não
vai ser como antes. Então vou tentar os momentos bons aqui na minha mente e
coração. E espero que você só lembre-se de mim pelas coisas, de te fazer rir,
do cara incrível, o convencido, espertinho, que sempre merecia um ai ai ai. Que
tomara que te abria um sorriso quando você lia alguma mensagem minha. Lembra-se
disso viu. Esquece o afobado e impulsivo. Esse não sou eu.
E emocionado, só posso dizer
obrigado. Foi bom enquanto durou.
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