Loirinha geminiana

“São as águas de março fechando o verão, é promessa de vida no seu coração”. Assim diz a música. E naquele fim de março, ela trouxe vida ao coração dele.

Foi inesperado, ele nem ia conversar com ela. A achou por acaso por indicação do site. Estava sem paciência pro novo.

Mas ele se surpreendeu. Foi rápido como ele nem imaginava. Ele rapidamente já se sentia bem com ela, e percebia que era recíproco. Com o passar dos dias, semanas, ia sentindo que tirou a sorte grande, que valeu a pena arriscar. E que ela valia a pena.

Ela o fazia sentir bem, e ele a buscava por isso. Não estava sendo fácil o momento dele, e assim ele se agarrava no que o fazia melhor, nem que fosse por poucos momentos. Esquecia a espera que ele estava pelas coisas que queria, as preocupações.

Queria mais do que tudo a conhecer, por achar que seria uma forma de gratidão retribuir esse bem que ela trazia pra ele. Queria saber mais da pessoa que estava tão perto, e também longe, mas que ele estava louco pra descobrir sobre a garota, a mulher por trás daqueles olhos lindos.

E foi assim por meses, até que os problemas o consumiram. Com o tempo e as coisas não acontecendo, ele foi ficando mal. E na tentativa frustrada pra se sentir bem, foi se apegar nas coisas que gostava, uma delas, até ela. Mas do jeito errado. O adulto virou adolescente, se perdeu em si mesmo. Perdeu a mão na coisa que ele tinha mais cuidado: achar a melhor forma para enfim se conhecerem.

Já não conseguia agir como ele queria, ia no impulso. E jogou uma carga nela que ela não merecia. Carga que ela suportou sabe-se lá como. Quando ele percebeu, talvez fosse tarde. E as coisas em sua mente estavam mais confusas do que antes. A felicidade não existia.

O tempo passou, eles ficaram sem se falar, até retomarem. Nisso ele percebeu que não tinha estragado tudo. Mas ainda talvez não saiba como fazer o que fazia lá no inicio. Talvez por isso, ele precise se afastar.
A vontade de conhecer aquela geminiana, de coração gelado, de olhos hipnotizantes, aquela central do vôlei que enche a quadra toda, que defende, levanta e ataca, isso permanece. Nem que seja pra tomar um Ituzinho com a  Ituzinho.

E como no marketing, talvez ele precise criar um Inbound Marketing para atingir seu Target. O Briefing do seu Prospect já está pronto. Falta o deadline.

Ele não sabe quando será esse deadline, que seria o que ele tanto quer. Nem sabe o quanto desse caminho foi percorrido. Ele só sente lá no fundo, que valeu e vale a pena. Ela vale.

Talvez só não tenham se cruzado no melhor momento pros dois. Mas já que eles se dão bem, porque não no futuro?

Na verdade, tudo que ele quer dizer à ela é: “você me fez e faz muito bem, e quero um dia poder retribuir. O convencido não existe, é só armadura que uso, igual quando faço palhaçadas. Minha loirinha que gosto tanto. Te admiro, do jeito que você é. Não te vejo mais como garota, e sim como mulher. E desse jeito você me conquistou e conquista todos. Mas muitos podem te olhar de forma superficial, eu te olho como um todo. E esse todo me conquistou”.

Não é a toa que ele diz que é melhor escrevendo do que falando, talvez na frente dela ele nervoso, ansioso, não conseguiria dizer isso. Mas pra que falar? Ele na frente dela, podia ficar olhando ela por horas. Ainda mais seus olhos azuis/esverdeados, seja com ou sem óculos.


No fundo, o desejo dele é igual ao nome de um prorama de TV. Ficar De frente com Gabi! A jogadora de vôlei, a difícil, a enroladinha, a geladinha, a garota do ai ai ai. Gabriela.

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