Enfim, aconteceu
Como de costume quando há grandes
acontecimentos no futebol, eu espero um dia pra fazer o post, para ver várias
opiniões, de vários estilos de jornalistas e programas e poder fazer um
apanhado geral, mas não deixando de ter minha opinião própria.
E nessa segunda,
os 2 casos que aconteceram eram totalmente esperados por todos. Poderia demorar
mais uns meses, até anos, mas chegaria.
Começou com a
enfim renúncia de Ricardo Teixeira da CBF. Após 23 anos, ele sai do poder do
futebol (mas especificamente só da presidência, pois sua influencia continuará
viva), em meio a pressões de revelações de casos obscuros e inadmissíveis para
um presidente de qualquer que seja a confederação.
Mas com resumir o
período Teixeira no comando da CBF? Bom, eu começo pela duração do comando.
Desde janeiro de 1989 ele se tornou presidente da CBF. Eu, para se ter uma
idéia nasci em Setembro do mesmo ano. É muito tempo no poder. Isso faz com que,
mesmo que fosse uma administração boa (o que não foi), ficasse queimada pela
demonstração de chefão máximo, dono do futebol brasileiro, sem nenhuma abertura
para renovações e coisas boas pro futebol.
Depois disso, vem
o abandono aos clubes. Times endividados, sem apoio, um futebol brasileiro
que parou no tempo em relação aos europeus. Se hoje os times ganham mais dinheiro,
seja em marketing, TV, etc., isso se deve única e exclusivamente a méritos dos próprios
clubes, e não da CBF. Talvez a única coisa boa que a CBF fez foi enfim ter
acabado (tarde) com as viradas de mesa e a implantação do campeonato de pontos-corridos,
que mesmo eu não gostando da fórmula e preferindo final, foi positivo pra todos
os times começarem a pensar em planejamento. Tudo isso é só um começo, se eu fosse
entrar mais a fundo, seriam linhas e linhas intermináveis do que a Era Teixeira
não fez pelo futebol.
Na Seleção, os
títulos, principalmente as 2 Copas conquistadas, Teixeira não teve mérito
algum. Em todo esse tempo, as categorias de base da Seleção eram distantes da
equipe Principal, praticamente abandonadas, e só eram lembradas em épocas de
títulos. E na Seleção Principal, nos fracassos, principalmente nas Copas,
sempre arrumava um jeito de achar culpados para tirar o seu da reta e jogava na
imprensa quem tinha que ser para seu cargo se manter intacto. Talvez a única
coisa positiva da sua gestão foi o fato de fazer a seleção financeiramente ser
uma potência, ganhando milhões com patrocínios e amistosos, mesmo que esses
sejam contra um combinado do Mundo Árabe.
Mas com muito dinheiro,
vieram os escândalos de roubo e seu enriquecimento anula crescia cada vez mais.
As provas foram aparecendo. O Globo Repórter acabou com Teixeira em 2001, mas
ele conseguiu que depois disso seu nome ficasse intacto. Sofreu com CPIs, mas
nunca nada foi provado, não se sabe como. Mas, com os últimos escândalos que
estão prestes a serem soltos, como o suborno de milhões que ele e seu ex-sogro
João Havelange receberam da ISL, vieram à tona bem quando ele sonhava após a
Copa de 2014 ser o sucessor de Blatter na FIFA. Viu isso desmoronar. Sua imagem
no mundo e no Brasil, principalmente com o governo e com a Presidente Dilma
principalmente foi pro ralo, e a Copa, que seria sua grande conquista, se
tornou no seu fim no poder do futebol. Até que enfim. Agora os clubes
brasileiros que se juntem, montem uma Liga forte e faça do futebol brasileiro o
que ele merece. E que a CBF só cuide das Seleções e pense em futebol, não em negócios. Se hoje o
futebol brasileiro vive essa situação, principalmente dento de campo, é reflexo
do que vem de quem administra.
Marin assume até
a Copa. E que depois da Copa venha alguém com idéias novas e que mudem para
melhor o futebol brasileiro. Ronaldo, Zico, até Romário seriam ótimos nomes. É
esperar.
E no mesmo dia
tivemos o anúncio da rescisão do contrato do Adriano com o Corinthians. Dizer
que foi surpresa é mentira. Foram 8 jogos em quase 1 ano de clube. 2 gols.
Sendo que o primeiro, contra o Atlético-MG na antepenúltima rodada do Brasileirão,
para muitos e para mim também foi o gol do título. Se tem gente que pergunta
quanto vale um gol, um título, acho que o investimento foi válido só por esse
gol.
Foi uma contratação
de risco de um grande jogador, que infelizmente não se porta como tal. Um
talento enorme jogado no lixo. Pois se ele se dedicasse, tenho certeza absoluta
que seria o 9 do Brasil na Copa. Ainda mais no momentos que vivemos sem ter um
9 pa ra a Seleção.Mas Adriano não quer. A operação no Tendão de Aquiles
atrapalhou e muito, isso é fato. Mas não era desculpa pelo não comprometimento
que um jogador profissional tem que fazer. E assim, Adriano não deu certo mais
uma vez.
Foi um
investimento válido, até porque o Corinthians investiu o dobro só para ter
Souza no time, e ele nem chegou perto de fazer um gol importante como Adriano fez.
não deu certo.E o Imperador joga muito mais que Souza. Joga melhor que qualquer
centroavante no mundo. Mas acho que esse é o Adriano de 2006. O Adriano de hoje
é um ex-jogador em
atividade. Se tivesse dado certo, era um golpe de mestre. Como
não deu,sempre as críticas. Pena que as críticas não é pro clube, e sim pra um
jogador que se perdeu, e que ainda pode se recuperar, e que torço muito pra isso,
mas que antes da parte física, precisa de ajuda psicológica e principalmente familiar,
de gente que o apóie, só assim, mesmo não sendo mais jogador de futebol, ele
volte a ser uma pessoa melhor, que não precisava de escândalos, só do seu
talento.
E assim acaba
dois ciclos: de um dirigente que não soube a hora de parar; e de um jogador que
não sabe se já parou com o futebol.
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