A procura
O que procuramos em outra pessoa para termos um
relacionamento?
Sempre quando se toca nesse assunto, a lista de
características que o par tem que ter é extensa, como se procurássemos por uma
pessoa perfeita, e não aceitássemos nada diferente disso. S não for desse
jeito, já era, não quero.
E pouco se aceita que o que faz um relacionamento não são
as coisas parecidas entre os dois, mas sim as diferentes. E o que cada um
acrescenta pro outro.
Para esse jovem no começo da vida adulta, achar uma
garota que o interesse é muito difícil.
Desencanta-se fácil,não tenha muita paciência, e
coleciona tentativas mal sucedidas quando tudo parecia dar certo.
Já não se impressiona mais coma beleza, pois pra ele já
não é o fundamental. Ele quer conhecer o que está por trás da armadura que
muitas garotas usam para camuflar seus medos ou inseguranças.
Quer um bom papo, rir, se divertir, relaxar. Muitas vezes
nem quer algo sério, mas quer compartilhar ótimos momentos.
Cada vez mais ele se desencanta que no mundo das redes sociais,
e em vez de as coisas ficarem mais fáceis, cada vez são mais difíceis. Romper
essa armadura feminina é às vezes tarefa quase impossível.
Quando ele sai, olha em volta e não vê nada além de
pessoas que querem alguém mas não se permitem se abrir. Olha em volta e vê
vários grupos de garotas, todas juntas mexendo em seus celulares.
Ué, mas não estão saindo pra conhecer e ver gente nova?
Porque estão fechadas ao celular?
Aí ele percebe que até seus amigos estão fazendo o mesmo.
Ele para e reflete sobre tudo que vê e confirma: estão fazendo tudo errado.
Ele quer uma garota que não importe onde esteja, não
ligue pra celular, mas pra ele. Que não importe para onde saiam, ou se é em
casa, que a companhia um do outro baste.
Mas que também vivam aventuras, loucuras, algo que nunca
fizeram.
Que as conversas sejam boas que não vejam que as horas
voaram e perderam a noção do tempo.
Que mesmo se eles forem diferentes, que cada um respeite
isso e se deem bem.
Mas isso está na cabeça desse cara. E ele não vê sair da
sua mente essas ideias. Ele conhece, conversa com quem lhe faz bem, mas todas
essas ideias não acontecem.
No fim fica confuso se já achou alguém para isso ou vai
precisar encontrar.
Mas ele já sabe que quando acontecer, não vai ser o
impaciente da adolescência, e sim aproveitar os momentos com quem está ao seu
lado.
Pra que celular, se seus olhos já são o bastante?
É isso que ele quer enfim viver. E com alguém que queira
isso também.
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