Os diferentes
Se os opostos se atraem, esse era o verdadeiro exemplo.
Ele todo desencanado, livre, não se preocupa por nada e
não tem responsabilidade. Ela é tímida, mais fechada pras coisas, só faz as
coisas na certeza, fala pouco, não arriscar, bem certinha.
Os dois não se lembrar como se conheceram. Ela diz que
foi numa festa de uma amiga que quase não foi por esta estudando pra prova. Pra
ele, foi num show. Nem nisso eles concordam.
Mas porque dois tão diferentes se dão tão bem? Eles
tentaram, tentaram, mas não acharam explicação. Só dizem que o que sentem faz
continuar juntos.
Deve ser pelo fato de cada um puxar o outro fora da sua
zona de conforto. Ele a tira do mundo fechado e certinho dela, faz ela se
arriscar, fazer coisas que às vezes nem está afim, mas faz porque sabe que terá
a companhia dele, mesmo ela não estando muito à vontade.
Ela o ajuda a achar sua paz. Estar com ela faz enfim ele
ter a calma que não acha nunca. Ali ele realmente para. E na cabeça de quem não
consegue se concentrar por nada, está sempre fazendo algo, quando está com ela
tudo para. Ele se vê bobo olhando para os olhos dela, quer ficar abraçado sem
fazer nada, só curtindo aquele momento. Desliza as mãos pelos cabelos, pelo
resto, a beija e a faz arrepiar, e naquela hora, mais nada importa.
Muitos perguntam: mas como eles dão certo?
Talvez o fato de não verem eles juntos cause essa dúvida.
Quando estão em grupo, pouco interagem. Mas quando estão sozinhos, ali se
entregam de verdade.
Como em Eduardo e Mônica, ele completa ela e vice-versa,
que nem feijão de arroz. Mas não é o que todo mundo diz. Nem eles dizem. Apenas
sentem.
E como é bom sentir isso. Dali não querem sair mais. Tão
diferentes, mas iguais em uma coisa: ser o porto seguro do outro!
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